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VISITA Á UNIVERSIDADE DE AVEIRO

No passado dia 4 do mês corrente de Junho do ano de 2009 efectuámos uma visita à Universidade de Aveiro.
Superior e trabalhosamente planeada pelo nosso amigo professor Luís Cunha, lá fomos de abalada em mais uma jornada de cultura.
Partida marcada para as 06.15, real às 06.35, fruto da proverbial maneira de ser portuguesa, isto é, “ eles só partem quando eu chegar, não me importo que esperem por mim, só têm é que … “. Mas enfim lá partimos.
Jornada normal até à área de serviço de Leiria, onde se aparcou para os procedimentos habituais nestas deslocações, a saber, café, aperitivos matinais, satisfação de necessidades fisiológicas e afins correlativos, etc. Após o tempo estipulado, mais ou menos cumprido, lá prosseguimos a nossa navegação até ao destino final.
Chegados à urbe aveirense, estacionámos e apeámo-nos junto ao Museu da Cidade, onde fomos recebidos por uma gentil funcionária dos serviços da cultura da autarquia que, após as boas vindas nos “ entregou “ a outra senhora que nos acompanhou até à
praça da Câmara Municipal onde fez uma primeira exposição dos edifícios circundantes dessa praça, o próprio edifício do Município, o Cine Teatro Aveirense, a Santa Casa da Misericórdia e respectiva igreja, onde se lê, num painel de azulejos “ MIA “ – Misericórdia da Irmandade de Aveiro, e a Casa da Cultura de Aveiro, de traça moderna. Num breve apontamento explicou que o lado da cidade onde se encontra a Câmara é o dos “ ceboleiros “, onde habitavam ou habitam médicos, engenheiros, comerciantes, industriais, e que o outro lado da ria era dos “ cagaréus “, pescadores, trabalhadores indeferenciados, enfim e sem qualquer desprimor, gente do povo. Claro que tal sentimento desapareceu e hoje só há o nome e nada mais.
Após uma breve passagem pela zona dos “ ceboleiros “ atravessámos a ria para o lado dos “ cagaréus “, onde nos foi dado apreciar vários aspectos da arte nova e azulejaria dos prédios, isto em ambas as margens da ria.
Fomos apreciar a capela de S. Gonçalinho ( S. Gonçalo de Amarante ) de que a nossa guia relatou alguns aspectos curiosos da tradição e vivência da capela, como a dança dos mancos, tradição eventualmente de origem pagã e praticada por homens apenas no interior da igreja e à porta fechada, e o culto da promessa das cavacas lançadas do alto do monumento para a rua, assim como alguns aspectos “ picarescos “ do “ modus vivendi “ do dito santo, alguns um pouco irreverentes, mas que são narrados com um aspecto mais ou menos lendário, mas que provocam um certo encanto nas mulheres.
Apreciámos também o mercado do peixe e o Cais dos Botirões, que era o local onde se procedia à descarga do peixe que era levado para o mercado, mesmo em frente. Percorreram-se algumas ruas onde se apreciou a arquitectura das casas, pequenas, coloridas, lembrando um pouco uma possível remota influência holandesa.
Feita a visita pedestre a esta zona fomos, “ pedestremente “ falando visitar o Ecomuseu da Marinha da Troncalhada, uma das 8 das cerca de 2.000 ainda remanescentes, e que agora é pertença da autarquia. Ainda se processa o sal segundo método artesanal, desde a entrada da água até à recolha final do produto, através das diversas fases do fabrico. Ficámos a saber o que é a flor do sal ou espuma de sal, assim como o que significa “ botar a marina a sal “ e como se preparam os últimos tanques para a recolha do sal, com um pavimento à base de um barro especial, o torrão que, ao endurecer cria um pavimento onde se deposita o sal e do qual é retirado. Esta actividade, a salinicultura, já é conhecida desde 959, conforme um testamento da condessa Mumadona Dias.
Em seguida à visita ao Ecomuseu, rumámos à Câmara onde fomos fomos recebidos pelo vereador da cultura que, através duma comunicação tipo telegráfica, nos deu as boas vindas e já está!
Como se aproximava a hora do repasto e o estômago dos “ jovens estudantes “ já começava a dar sinais de inquietação, dirigimo-nos ao campus universitário, para o refeitório do Crasto onde, como bons e disciplinados alunos, aguardámos na fila com os demais colegas aveirenses, sendo obsequiados com um soberbo menu : sopa, salmão à italiana, fruta ou doce e bebidas à descrição, quer dizer água e sumos de máquina. Não estava mau para o preço praticado.

Após o repasto deslocámo-nos à Escola Superior de Saúde, onde fomos recebidos, na antiga Sala do Senado, por alguns professores e alunas finalistas do curso de Gerontologia. Estas nossas colegas mais novas puseram os gerontes a jogar uma série de jogos lúdicos dos seus cursos o que, quer a elas quer a nós originou uns momentos agradáveis, tudo intermediado com muitas fotografias, a testemunhar a “ entrega “ dos gerontes, sessão da qual iriam retirar elementos para complementarem as suas teses e trabalhos de curso. Seguiu-se uma passagem pelos laboratórios e salas de estudo dessas alunas.
Após as despedidas deslocámo-nos até à Academia dos Saberes de Aveiro, uma espécie de Universidade da Terceira Idade, localizada na Casa da Cultura de Aveiro, no Edifício Fernando Távora, na Praça da República, aquela onde primeiro estivemos e onde se encontra o município. Recebidos simpaticamente pela Directora da instituição, coube-me a mim fazer-lhe a entrega de um ramo de flores em nome da UTIB. Após uma singela troca de lembranças fomos presenteados com a actuação de um coro de academistas que nos espantou pela qualidade e nível de actuação, magnificamente dirigidos por uma maestrina russa de Nome Olga, curiosamente como o CORUTIB.
Na parte final da recepção adoçaram-nos a boca com aquelas especialidades magníficas de Aveiro, ovos moles, por exemplo, o que ninguém regateou. O sucesso dos doces foi tal que uma confeitaria que havia perto fez um bom negócio com a “ malta “ do Barreiro.
Mas antes de pararmos na Academia ainda demos uma saltada ata à Costa Nova, para apreciar as casas típicas da zona, de madeira, muito coloridas e pintadas às riscas, zona de veraneio por excelência mas que ainda não está em funcionamento.
Depois de passar pela Academia e apesar dos estômagos estarem compostos com as iguarias, dirigimo-nos para o Refeitório Santiago onde, tal como ao almoço, fomos presenteados com um lauto jantar, desta vez coelho à caçadora, e de valor pecuniário similar ao anterior.
Com o aparelho digestivo devidamente municiado, chegou a hora do regresso.
Pelas 21.00 zarpámos rumo ao Sul, tendo parado na área de serviço de Santarém para os procedimentos rotineiros.
Com o pessoal mais ou menos no descanso ou na modorra, com alguns elementos da comitiva quer alunos quer do corpo docente numa de anedotas continuámos rolando, até que às 00.30 do dia 5 do corrente mês de Junho do ano de 2009 chegámos ao local de partida, no Parque da Cidade.
E assim se passou um dia de cultura, distracção, convívio, aparte um minúsculo problema com um dos “ meninos “, ainda em Aveiro, mas que até teve o seu quê de curioso. Coisas de meninos irrequietos!
Uma movimentação destas dão muito trabalho a preparar, quer no que se refere a contactos, identificação e marcação de percursos, definição de horários, enfim, toda uma logística para que tudo corra bem. Uns melhores que outros, o passeio deste ano merece boa nota. O seu mentor merece o nosso aplauso e os votos de obrigado pela sua efectivação.
E que para o ano próximo haja mais. Será que será desta vez aquele que já está prometido há tempo ? Aguardemos.
Mais uma vez, obrigado, Professor Luís Cunha.

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