- OS-AMIGOS-DO-PASSEIO (cultura, alegria, convívio)

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A UTIB na sua génese ...

.... pretende apoiar e desenvolver um trabalho que conduza ao despertar de uma intensa reflexão sobre o sentido da vida, especificamente daquela que à 3ª. Idade diz respeito, buscando e desbravando caminhos para uma vivência mais digna da condição humana, onde a solidão e a angustia não tenham cabimento.
Convenhamos que, de facto, alguma coisa faltava nos campos social, cultural e humano das gentes do Barreiro e que precisava de ser feito. Constatava-se a falta de solidariedade, de carinho, a criação de pólos de convergência nos mais diversos interesses neste patamar social a que, não é importante discuti-lo agora, se convencionou chamar de "Terceira Idade".
Esta falta, esta grave lacuna, diga-se em abono da verdade era a vontade e a determinação das gentes barreirenses. Só não via quem não queria! Bastou para isso meter mãos à obra!
Naturalmente que foram necessários muito querer e acreditar ser possível a concretização desta obra, o indispensável conhecimento e poder de decisão de alguns que por inteira justiça deve ser atribuído ao seu principal mentor e à coragem de assumir o avançar com o projecto. Mas também não é menos justo atribui-lo à perícia e ao trabalho árduo de muitos outros, à extrema dedicação de todos, professores, alunos e colaboradores, àqueles que, no fundo, se disponibilizaram e lhe continuam a dar o seu sempre bem vindo e precioso contributo.
A UTIB, é assim um ideal de sã convivência, de interajuda, de solidariedade, de aprendizagem e do conhecimento, uma troca de saberes como o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro bem o definiu, no discurso que proferiu na Sessão de Abertura da UTIB. Parece que foi ontem e já lá vão dois anos.
Escutem-se os utentes e atente-se, por exemplo, nestas duas expressões, que nos enchem de orgulho, que nos torna cada vez mais determinados e que constituem para nós a maior e mais gratificante recompensa:
" - Em setenta anos de vida foi a melhor prenda que recebi em toda a minha vida" exaltava uma utente após a inauguração dos Encontros no Convento.
" - Embora não tendo nascido no Barreiro já era barreirense de gema! Agora sou também utibense do coração! Obrigado UTIB! " exclamou outra utente.
Ouçam-se os professores, para quem ser solidário não é, como soe dizer-se palavra vã; para quem a extrema dedicação ao bem estar e à felicidade dos utentes da UTIB é simultaneamente o seu próprio bem estar; para quem a prática do voluntariado é suficiente recompensa.
De projecto utópico, como inicialmente se acusou, apoiada nesse mesmo voluntariado. aí está a UTIB com a resposta de estes quase dois anos de existência em que a utopia se tornou realidade.
O projecto, com a determinação imprescindível da Autarquia, está bem vivo e activo, pujante e ávido por fazer cada vez mais e melhor que perspectiva a continuidade e é visível no progressivo número de aderentes. Assim, pé ante pé, lá vai a UTIB, decidida e confiante em relação ao futuro e a afirmar-se como uma das mais brilhantes iniciativas desta vereação.
A Sala dos Alunos da UTIB, novo patamar na construção deste edifício aí está para o atestar e para permitir o seu desenvolvimento harmonioso. A dignidade do acto contou mais uma vez com a presença do Presidente da Autarquia e agora também com a do Responsável do Sector da Educação.
Visitarmos esta Sala é deliciarmo-nos com o pulsar de vida, com o sentimento de solidariedade e carinho, com este ideal de fraternidade e de aprofundamento do conhecimento, que era, como se disse, a vontade imediata e determinada, da população barreirense.
De uma coisa devemos estar certos; tal como outros projectos em qualquer parte do mundo, este só deixará realmente de existir se a nossa capacidade de resistência, de lucidez e de autocrítica, e a nossa desprendida solidariedade social, se tiverem totalmente dissipado.
Mas enquanto soubermos dar as mãos, enquanto o nosso encontro com os outros acarretar o nos encontrarmos com nós próprios, então mais patamares se construirão, e o edifício em constante construção irá garantidamente consolidar e perpetuar-se.

Luis Cunha

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